“De graça recebestes,de graça dai.” / “Freely you have received”

 

  Desde há muito tempo que mantenho a convicção de que um dia poderei vir a adquirir a capacidade espiritual necessária para a compreensão do que vou desejando de mais importante para a minha vida, isto é, vir um dia a conseguir obter o saber sobre a verdadeira essência daquilo que realmente é (daquilo que é sem qualquer dúvida), para então, também poder ser capaz de interpretar com mais nitidez o que vou sentindo no meu interior, sobretudo sobre certos aspectos da misteriosa transcendência da minha vida.

     E este desejo tem crescido continuamente por ainda acreditar ser capaz de poder deixar de sentir a minha existência sempre com tantas dúvidas, dúvidas como todas aquelas que ainda sinto, mesmo já nesta fase da minha vida! Sobretudo sentindo a ordem do Mundo Social quase sempre de um modo tão intermitente e quase sempre tão fugaz e efémero e não tão constante e permanente como gostaria de o sentir.

     Permanente, pelo menos quanto bastasse e fugaz no mínimo quanto possível, para a partir daí sermos capazes de poder sentir com firmeza todos os seus elementos na conjugação diária com os nossos semelhantes e sempre com a devida constância e suficiente clareza para os podermos avaliar com perfeição na justa medida dos nossos actos.

     A propósito e como prova para o efeito da reflexão por mim desejada em sentido comum, começa logo, por ressaltar em mim, uma de entre as várias das minhas grandes preocupações, uma das tais que há muito me interpelam, e que consiste em poder conhecer e sentir verdadeiramente qual o valor espiritual que terá a expressão: “De graça recebestes, de graça dai.” (Mateus 10:8.)

     É natural que em absurdo me possa penitenciar nesta limitação, contudo, não deixarei de dizer com humildade e certa confiança que ao longo da minha vida sempre tenho procurado ser mais do que aquele aluno que se limita a ficar pela normalidade e não luta para ir mais além na procura do mais puro, na preocupação de escutar e no esforço da compreensão de tal mensagem. Pois com a consciência inquieta e numa vontade permanente, tento sempre libertar-me de mim mesmo, esforço-me por fugir da assunção de culpa, por abstinência ou renúncia na procura de vir a ser melhor. Todos os dias vou aspirando com grande fé que me torne em todas as ocasiões, por mais simples que elas sejam, que me torne absolutamente no “Eu sou” e no “eu pareço”, e não no seu contrário: “Eu pareço, mas eu não sou!”

     Nesta expectativa, continuo com grande insistência a evocar a sabedoria e a trabalhar pensando e escrevendo com afinco e total desprendimento de mim mesmo, para poder vir a melhorar em tudo quanto seja possível sobre uma tal dependência existencial, ou seja, continuando a fazer um grande esforço para compreender esta inquietação e a aplicar com a consciência plena de estar a fazer tudo para ir ao encontro da expressão: “De graça recebestes, de graça dai.” (Mateus 10:8.)

     Porém, apesar de estar no centro de todas estas minhas preocupações complexas, decidi hoje compartilhar também convosco uma das minhas ansiedades (que sendo maioritariamente pessoal, julgo que se esta não vier a encontrar comunhão social comum, de pouco me valerá desabafar tal ansiedade e muito pouco também poderá ajudar a melhorar a compreensão do nosso semelhante) sobretudo, nesta ocasião e neste período social, que ao que me parece se vai tornando cada vez mais caótico e desleixado: “está sempre tudo bem, não existe culpa e todos são inocentes”, vivemos num mundo cada vez mais insano, injusto e inacreditável.

     Até parece que estamos a viver, julgo que inconscientemente, no reinado (da mentira, da burla, da injustiça, da falsidade, da infidelidade, da descrença, da maldade, etc.), sendo que com esta triste vantagem que têm ganho estes valores tão negativos vai começando também a florescer a crença num pensamento social, de que já serão muito poucos aqueles que ainda vão merecendo a nossa confiança e o nosso respeito no sentido Universal, já não valerá a pena “gritar aos quatro ventos”!

     Vai-se perdendo o respeito, sempre tão sublime e tão necessário, para a Humanidade e para a Vida do Universo, para poderem manter-se fortes, coesas e decididas pela progressão do Bem e da Harmonia, dois pilares básicos do nosso lindo e magnífico planeta Terra, apesar de este ser um pequeno grão a pulsar no fascínio do Universo.

     Ainda assim, proponho ainda antes de terminar este “desabafo” e na oportunidade de agradecer a todos vós do fundo do meu coração, pois são já tantos aqueles e aquelas a quem devo um agradecimento de elevado reconhecimento, pela dedicação com que vão lendo o que vou escrevendo e ouvindo o que vou dizendo, fazendo-o sempre com a serenidade e a paciência necessárias, sinal que em silêncio me faz meditar e agradecer, tornando-me, como qualquer homem, frágil em certas ocasiões, pois sou humano e isso, por muito que me esforce, sempre me comoverá, mas também me compensará e me ajudará a continuar a caminhar por aí!...

     Peço desculpa por tender a manter-me num certo anonimato e não responder de modo particular à amizade que me dedicam; contudo, ainda que ficando em silêncio, desejo que vejam neste meu gesto um sentimento universal de gratidão, pois sempre que posso, não me esqueço de ver nenhum pormenor ou comentário que façam, e acreditem que fico às vezes a desejar ser menos impessoal, daí que apelo para que me torne capaz de fazer com que todos sintam da mesma maneira, tudo o que eu sinto de satisfação e contentamento e também medito no modo de que eu seja capaz de dizer em espírito tudo o que de bom me vai na alma, e oxalá que me fosse permitido que o pudesse fazer simplesmente numa folha de papel em branco, uma folha onde pudessem ler e sentir em cada palavra, de modo total e absolutamente puro, o tal sentimento “De graça recebestes, de graça dai”.

Macedo Teixeira

“Freely you have received, freely give.”

25.07.2022

     Since long ago I maintain the conviction that one day I might come to get the spiritual capacity needed for the comprehension of what I am wishing of most important to my life, that is, to come one day to be able to get the knowledge about the true essence of what really is (of what is without any doubt), so that then also be able to interpret with more neatness what I am feeling inside of me, mainly about certain aspects of the mysterious transcendence of my life.

     And this wish has continuously grown because I still believe I am capable of stopping to feel my existence always with so many doubts, doubts like all those that I still feel, even now in this phase of my life! Especially feeling the order of the Social World almost always in such an intermittent and almost always so fugacious and ephemeral way, but not so constant and permanent like I would like to feel.

     Permanent, at least just the right amount and the least fugacious possible, so that from there we are able to feel with firmness all its elements within the daily conjunction with our fellow-creatures and always with the due constancy and enough clarity so that we may evaluate them with perfection in the just measure of our acts.

     Apropos and as a proof for the effect of the reflection wished by me in a common sense, it starts immediately to stand out in me one from the several of my great concerns, one of which interpellates me since long ago, and which consists in being able to truly know and feel what is the spiritual value that has the expression: “Freely you have received, freely give.” (Mateus 10:8.)

     It is natural that in absurd I may be penitent within this limitation; however, I will not stop saying with humbleness and with a certain confidence that throughout my life I have always sought to be more than that pupil who does no more than stay by normality and does not struggle to go further in the search for the purer, in the preoccupation of listening and in the effort of the comprehension of such message. Since with a restless conscience and in a permanent will, I always try to free me from myself, I struggle to escape the assumption of guilt, by abstinence or renounce in the search to become better. Every day I aspire with great faith that I become on all occasions, no matter how simple they are, that I become absolutely the “I am” and the “I look like”, but not its contrary: “I look like, but I am not!”

     Within this expectation, I continue with great insistency to evoke the wisdom and to work by thinking and writing doggedly and with total detachment from myself, so that I may improve in all that is possible over such an existential dependence, that is, by continuing to make a great effort to understand this concern and to apply with the full conscience of doing everything to go in search of the expression: “Freely you have received, freely give.” (Matthew 10:8.)

     However, despite being at the center of all these complex concerns of mine, I decided today to share also with you one of my anxieties (which, being predominantly personal, I think that if it will not meet common social communion, it will worth little to pour such anxiety out and very little it might help to improve the comprehension of our fellow-creature), especially on this occasion and in this social period, which it seems to me it will become even more chaotic and careless: “everything is always fine, there is no guilt and everyone is innocent”, we live in a world even more insane, unfair and unbelievable.

     It even seems that we are living, I think that unconsciously, in the predominance (of lie, of swindle, of injustice, of falsehood, of infidelity, of disbelief, of wickedness, etc.), and with this sad advantage that these so negative values have won, it also begins to flourish the belief in a social thought, that it will already be very few those who are still deserving our trust and our respect in the Universal sense, it will no longer be worthwhile to “scream to the four winds”!

     We are losing respect, always so sublime and so necessary for Mankind and for the Life of the Universe, so that they may be strong, cohesive and settled for the progression of Good and Harmony, two basic pillars of our beautiful and magnificent planet Earth, in spite of it being a small grain pulsing in the fascination of the Universe.

     Nevertheless, I propose still before finishing this confidence and in the opportunity of thanking you all from the bottom of my heart, since are already so many those to whom I owe a gratitude of elevated acknowledgement, for the dedication with which you are reading what I am writing and listening to what I am saying, always doing it with the needed serenity and patience, a sign that, in silence, makes me meditate and thank, becoming myself, like any man, fragile on certain occasions, since I am human and that, no matter how hard I try, will always touch me, but it will also compensate me and will help me to walk thereabouts!...

     I apologize for me tending to keep myself within a certain anonymity and for not responding in a particular way to the friendship you dedicate me; however, even remaining in silence, I wish that you see in this gesture of mine a universal feeling of gratitude, since whenever I can, I do not forget to see any detail nor comment you make, and believe me that sometimes I keep on wishing to be less impersonal; hence I appeal to myself so that I become capable of making everyone to feel in the same way everything I feel of satisfaction and contentment, and I also meditate on the manner in which I am able to say in spirit everything good that goes in my soul, and God grant that I was allowed to do it in a simple blank sheet, a sheet where you could read and feel in each word, in a total and absolutely pure way, such feeling “Freely you have received, freely give”.

 

Macedo Teixeira


 

    Desde há muito tempo que mantenho a convicção de que um dia poderei vir a adquirir a capacidade espiritual necessária para a compreensão do que vou desejando de mais importante para a minha vida, isto é, vir um dia a conseguir obter o saber sobre a verdadeira essência daquilo que realmente é (daquilo que é sem qualquer dúvida), para então, também poder ser capaz de interpretar com mais nitidez o que vou sentindo no meu interior, sobretudo sobre certos aspectos da misteriosa transcendência da minha vida.

    E este desejo tem crescido continuamente por ainda acreditar ser capaz de poder deixar de sentir a minha existência sempre com tantas dúvidas, dúvidas como todas aquelas que ainda sinto, mesmo já nesta fase da minha vida! Sobretudo sentindo a ordem do Mundo Social quase sempre de um modo tão intermitente e quase sempre tão fugaz e efémero e não tão constante e permanente como gostaria de o sentir.

    Permanente, pelo menos quanto bastasse e fugaz no mínimo quanto possível, para a partir daí sermos capazes de poder sentir com firmeza todos os seus elementos na conjugação diária com os nossos semelhantes e sempre com a devida constância e suficiente clareza para os podermos avaliar com perfeição na justa medida dos nossos actos.

    A propósito e como prova para o efeito da reflexão por mim desejada em sentido comum, começa logo, por ressaltar em mim, uma de entre as várias das minhas grandes preocupações, uma das tais que há muito me interpelam, e que consiste em poder conhecer e sentir verdadeiramente qual o valor espiritual que terá a expressão: “De graça recebestes, de graça dai.” (Mateus 10:8.)

    É natural que em absurdo me possa penitenciar nesta limitação, contudo, não deixarei de dizer com humildade e certa confiança que ao longo da minha vida sempre tenho procurado ser mais do que aquele aluno que se limita a ficar pela normalidade e não luta para ir mais além na procura do mais puro, na preocupação de escutar e no esforço da compreensão de tal mensagem. Pois com a consciência inquieta e numa vontade permanente, tento sempre libertar-me de mim mesmo, esforço-me por fugir da assunção de culpa, por abstinência ou renúncia na procura de vir a ser melhor. Todos os dias vou aspirando com grande fé que me torne em todas as ocasiões, por mais simples que elas sejam, que me torne absolutamente no “Eu sou” e no “eu pareço”, e não no seu contrário: “Eu pareço, mas eu não sou!”

    Nesta expectativa, continuo com grande insistência a evocar a sabedoria e a trabalhar pensando e escrevendo com afinco e total desprendimento de mim mesmo, para poder vir a melhorar em tudo quanto seja possível sobre uma tal dependência existencial, ou seja, continuando a fazer um grande esforço para compreender esta inquietação e a aplicar com a consciência plena de estar a fazer tudo para ir ao encontro da expressão: “De graça recebestes, de graça dai.” (Mateus 10:8.)

    Porém, apesar de estar no centro de todas estas minhas preocupações complexas, decidi hoje compartilhar também convosco uma das minhas ansiedades (que sendo maioritariamente pessoal, julgo que se esta não vier a encontrar comunhão social comum, de pouco me valerá desabafar tal ansiedade e muito pouco também poderá ajudar a melhorar a compreensão do nosso semelhante) sobretudo, nesta ocasião e neste período social, que ao que me parece se vai tornando cada vez mais caótico e desleixado: “está sempre tudo bem, não existe culpa e todos são inocentes”, vivemos num mundo cada vez mais insano, injusto e inacreditável.

    Até parece que estamos a viver, julgo que inconscientemente, no reinado (da mentira, da burla, da injustiça, da falsidade, da infidelidade, da descrença, da maldade, etc.), sendo que com esta triste vantagem que têm ganho estes valores tão negativos vai começando também a florescer a crença num pensamento social, de que já serão muito poucos aqueles que ainda vão merecendo a nossa confiança e o nosso respeito no sentido Universal, já não valerá a pena “gritar aos quatro ventos”!

    Vai-se perdendo o respeito, sempre tão sublime e tão necessário, para a Humanidade e para a Vida do Universo, para poderem manter-se fortes, coesas e decididas pela progressão do Bem e da Harmonia, dois pilares básicos do nosso lindo e magnífico planeta Terra, apesar de este ser um pequeno grão a pulsar no fascínio do Universo.

    Ainda assim, proponho ainda antes de terminar este “desabafo” e na oportunidade de agradecer a todos vós do fundo do meu coração, pois são já tantos aqueles e aquelas a quem devo um agradecimento de elevado reconhecimento, pela dedicação com que vão lendo o que vou escrevendo e ouvindo o que vou dizendo, fazendo-o sempre com a serenidade e a paciência necessárias, sinal que em silêncio me faz meditar e agradecer, tornando-me, como qualquer homem, frágil em certas ocasiões, pois sou humano e isso, por muito que me esforce, sempre me comoverá, mas também me compensará e me ajudará a continuar a caminhar por aí!...

    Peço desculpa por tender a manter-me num certo anonimato e não responder de modo particular à amizade que me dedicam; contudo, ainda que ficando em silêncio, desejo que vejam neste meu gesto um sentimento universal de gratidão, pois sempre que posso, não me esqueço de ver nenhum pormenor ou comentário que façam, e acreditem que fico às vezes a desejar ser menos impessoal, daí que apelo para que me torne capaz de fazer com que todos sintam da mesma maneira, tudo o que eu sinto de satisfação e contentamento e também medito no modo de que eu seja capaz de dizer em espírito tudo o que de bom me vai na alma, e oxalá que me fosse permitido que o pudesse fazer simplesmente numa folha de papel em branco, uma folha onde pudessem ler e sentir em cada palavra, de modo total e absolutamente puro, o tal sentimento “De graça recebestes, de graça dai”.

 

Macedo Teixeira

 



Ler mais: https://partilharsaberes.webnode.pt/news/de-graca-recebestes-freely-you-have-received/#:~:text=%E2%80%9CDe%20gra%C3%A7a-,recebestes,-%E2%80%9D%20/%20%E2%80%9CFreely%20you%20have

    Desde há muito tempo que mantenho a convicção de que um dia poderei vir a adquirir a capacidade espiritual necessária para a compreensão do que vou desejando de mais importante para a minha vida, isto é, vir um dia a conseguir obter o saber sobre a verdadeira essência daquilo que realmente é (daquilo que é sem qualquer dúvida), para então, também poder ser capaz de interpretar com mais nitidez o que vou sentindo no meu interior, sobretudo sobre certos aspectos da misteriosa transcendência da minha vida.

    E este desejo tem crescido continuamente por ainda acreditar ser capaz de poder deixar de sentir a minha existência sempre com tantas dúvidas, dúvidas como todas aquelas que ainda sinto, mesmo já nesta fase da minha vida! Sobretudo sentindo a ordem do Mundo Social quase sempre de um modo tão intermitente e quase sempre tão fugaz e efémero e não tão constante e permanente como gostaria de o sentir.

    Permanente, pelo menos quanto bastasse e fugaz no mínimo quanto possível, para a partir daí sermos capazes de poder sentir com firmeza todos os seus elementos na conjugação diária com os nossos semelhantes e sempre com a devida constância e suficiente clareza para os podermos avaliar com perfeição na justa medida dos nossos actos.

    A propósito e como prova para o efeito da reflexão por mim desejada em sentido comum, começa logo, por ressaltar em mim, uma de entre as várias das minhas grandes preocupações, uma das tais que há muito me interpelam, e que consiste em poder conhecer e sentir verdadeiramente qual o valor espiritual que terá a expressão: “De graça recebestes, de graça dai.” (Mateus 10:8.)

    É natural que em absurdo me possa penitenciar nesta limitação, contudo, não deixarei de dizer com humildade e certa confiança que ao longo da minha vida sempre tenho procurado ser mais do que aquele aluno que se limita a ficar pela normalidade e não luta para ir mais além na procura do mais puro, na preocupação de escutar e no esforço da compreensão de tal mensagem. Pois com a consciência inquieta e numa vontade permanente, tento sempre libertar-me de mim mesmo, esforço-me por fugir da assunção de culpa, por abstinência ou renúncia na procura de vir a ser melhor. Todos os dias vou aspirando com grande fé que me torne em todas as ocasiões, por mais simples que elas sejam, que me torne absolutamente no “Eu sou” e no “eu pareço”, e não no seu contrário: “Eu pareço, mas eu não sou!”

    Nesta expectativa, continuo com grande insistência a evocar a sabedoria e a trabalhar pensando e escrevendo com afinco e total desprendimento de mim mesmo, para poder vir a melhorar em tudo quanto seja possível sobre uma tal dependência existencial, ou seja, continuando a fazer um grande esforço para compreender esta inquietação e a aplicar com a consciência plena de estar a fazer tudo para ir ao encontro da expressão: “De graça recebestes, de graça dai.” (Mateus 10:8.)

    Porém, apesar de estar no centro de todas estas minhas preocupações complexas, decidi hoje compartilhar também convosco uma das minhas ansiedades (que sendo maioritariamente pessoal, julgo que se esta não vier a encontrar comunhão social comum, de pouco me valerá desabafar tal ansiedade e muito pouco também poderá ajudar a melhorar a compreensão do nosso semelhante) sobretudo, nesta ocasião e neste período social, que ao que me parece se vai tornando cada vez mais caótico e desleixado: “está sempre tudo bem, não existe culpa e todos são inocentes”, vivemos num mundo cada vez mais insano, injusto e inacreditável.

    Até parece que estamos a viver, julgo que inconscientemente, no reinado (da mentira, da burla, da injustiça, da falsidade, da infidelidade, da descrença, da maldade, etc.), sendo que com esta triste vantagem que têm ganho estes valores tão negativos vai começando também a florescer a crença num pensamento social, de que já serão muito poucos aqueles que ainda vão merecendo a nossa confiança e o nosso respeito no sentido Universal, já não valerá a pena “gritar aos quatro ventos”!

    Vai-se perdendo o respeito, sempre tão sublime e tão necessário, para a Humanidade e para a Vida do Universo, para poderem manter-se fortes, coesas e decididas pela progressão do Bem e da Harmonia, dois pilares básicos do nosso lindo e magnífico planeta Terra, apesar de este ser um pequeno grão a pulsar no fascínio do Universo.

    Ainda assim, proponho ainda antes de terminar este “desabafo” e na oportunidade de agradecer a todos vós do fundo do meu coração, pois são já tantos aqueles e aquelas a quem devo um agradecimento de elevado reconhecimento, pela dedicação com que vão lendo o que vou escrevendo e ouvindo o que vou dizendo, fazendo-o sempre com a serenidade e a paciência necessárias, sinal que em silêncio me faz meditar e agradecer, tornando-me, como qualquer homem, frágil em certas ocasiões, pois sou humano e isso, por muito que me esforce, sempre me comoverá, mas também me compensará e me ajudará a continuar a caminhar por aí!...

    Peço desculpa por tender a manter-me num certo anonimato e não responder de modo particular à amizade que me dedicam; contudo, ainda que ficando em silêncio, desejo que vejam neste meu gesto um sentimento universal de gratidão, pois sempre que posso, não me esqueço de ver nenhum pormenor ou comentário que façam, e acreditem que fico às vezes a desejar ser menos impessoal, daí que apelo para que me torne capaz de fazer com que todos sintam da mesma maneira, tudo o que eu sinto de satisfação e contentamento e também medito no modo de que eu seja capaz de dizer em espírito tudo o que de bom me vai na alma, e oxalá que me fosse permitido que o pudesse fazer simplesmente numa folha de papel em branco, uma folha onde pudessem ler e sentir em cada palavra, de modo total e absolutamente puro, o tal sentimento “De graça recebestes, de graça dai”.

 

Macedo Teixeira

 



Ler mais: https://partilharsaberes.webnode.pt/news/de-graca-recebestes-freely-you-have-received/#:~:text=%E2%80%9CDe%20gra%C3%A7a-,recebestes,-%E2%80%9D%20/%20%E2%80%9CFreely%20you%20have

    Desde há muito tempo que mantenho a convicção de que um dia poderei vir a adquirir a capacidade espiritual necessária para a compreensão do que vou desejando de mais importante para a minha vida, isto é, vir um dia a conseguir obter o saber sobre a verdadeira essência daquilo que realmente é (daquilo que é sem qualquer dúvida), para então, também poder ser capaz de interpretar com mais nitidez o que vou sentindo no meu interior, sobretudo sobre certos aspectos da misteriosa transcendência da minha vida.

    E este desejo tem crescido continuamente por ainda acreditar ser capaz de poder deixar de sentir a minha existência sempre com tantas dúvidas, dúvidas como todas aquelas que ainda sinto, mesmo já nesta fase da minha vida! Sobretudo sentindo a ordem do Mundo Social quase sempre de um modo tão intermitente e quase sempre tão fugaz e efémero e não tão constante e permanente como gostaria de o sentir.

    Permanente, pelo menos quanto bastasse e fugaz no mínimo quanto possível, para a partir daí sermos capazes de poder sentir com firmeza todos os seus elementos na conjugação diária com os nossos semelhantes e sempre com a devida constância e suficiente clareza para os podermos avaliar com perfeição na justa medida dos nossos actos.

    A propósito e como prova para o efeito da reflexão por mim desejada em sentido comum, começa logo, por ressaltar em mim, uma de entre as várias das minhas grandes preocupações, uma das tais que há muito me interpelam, e que consiste em poder conhecer e sentir verdadeiramente qual o valor espiritual que terá a expressão: “De graça recebestes, de graça dai.” (Mateus 10:8.)

    É natural que em absurdo me possa penitenciar nesta limitação, contudo, não deixarei de dizer com humildade e certa confiança que ao longo da minha vida sempre tenho procurado ser mais do que aquele aluno que se limita a ficar pela normalidade e não luta para ir mais além na procura do mais puro, na preocupação de escutar e no esforço da compreensão de tal mensagem. Pois com a consciência inquieta e numa vontade permanente, tento sempre libertar-me de mim mesmo, esforço-me por fugir da assunção de culpa, por abstinência ou renúncia na procura de vir a ser melhor. Todos os dias vou aspirando com grande fé que me torne em todas as ocasiões, por mais simples que elas sejam, que me torne absolutamente no “Eu sou” e no “eu pareço”, e não no seu contrário: “Eu pareço, mas eu não sou!”

    Nesta expectativa, continuo com grande insistência a evocar a sabedoria e a trabalhar pensando e escrevendo com afinco e total desprendimento de mim mesmo, para poder vir a melhorar em tudo quanto seja possível sobre uma tal dependência existencial, ou seja, continuando a fazer um grande esforço para compreender esta inquietação e a aplicar com a consciência plena de estar a fazer tudo para ir ao encontro da expressão: “De graça recebestes, de graça dai.” (Mateus 10:8.)

    Porém, apesar de estar no centro de todas estas minhas preocupações complexas, decidi hoje compartilhar também convosco uma das minhas ansiedades (que sendo maioritariamente pessoal, julgo que se esta não vier a encontrar comunhão social comum, de pouco me valerá desabafar tal ansiedade e muito pouco também poderá ajudar a melhorar a compreensão do nosso semelhante) sobretudo, nesta ocasião e neste período social, que ao que me parece se vai tornando cada vez mais caótico e desleixado: “está sempre tudo bem, não existe culpa e todos são inocentes”, vivemos num mundo cada vez mais insano, injusto e inacreditável.

    Até parece que estamos a viver, julgo que inconscientemente, no reinado (da mentira, da burla, da injustiça, da falsidade, da infidelidade, da descrença, da maldade, etc.), sendo que com esta triste vantagem que têm ganho estes valores tão negativos vai começando também a florescer a crença num pensamento social, de que já serão muito poucos aqueles que ainda vão merecendo a nossa confiança e o nosso respeito no sentido Universal, já não valerá a pena “gritar aos quatro ventos”!

    Vai-se perdendo o respeito, sempre tão sublime e tão necessário, para a Humanidade e para a Vida do Universo, para poderem manter-se fortes, coesas e decididas pela progressão do Bem e da Harmonia, dois pilares básicos do nosso lindo e magnífico planeta Terra, apesar de este ser um pequeno grão a pulsar no fascínio do Universo.

    Ainda assim, proponho ainda antes de terminar este “desabafo” e na oportunidade de agradecer a todos vós do fundo do meu coração, pois são já tantos aqueles e aquelas a quem devo um agradecimento de elevado reconhecimento, pela dedicação com que vão lendo o que vou escrevendo e ouvindo o que vou dizendo, fazendo-o sempre com a serenidade e a paciência necessárias, sinal que em silêncio me faz meditar e agradecer, tornando-me, como qualquer homem, frágil em certas ocasiões, pois sou humano e isso, por muito que me esforce, sempre me comoverá, mas também me compensará e me ajudará a continuar a caminhar por aí!...

    Peço desculpa por tender a manter-me num certo anonimato e não responder de modo particular à amizade que me dedicam; contudo, ainda que ficando em silêncio, desejo que vejam neste meu gesto um sentimento universal de gratidão, pois sempre que posso, não me esqueço de ver nenhum pormenor ou comentário que façam, e acreditem que fico às vezes a desejar ser menos impessoal, daí que apelo para que me torne capaz de fazer com que todos sintam da mesma maneira, tudo o que eu sinto de satisfação e contentamento e também medito no modo de que eu seja capaz de dizer em espírito tudo o que de bom me vai na alma, e oxalá que me fosse permitido que o pudesse fazer simplesmente numa folha de papel em branco, uma folha onde pudessem ler e sentir em cada palavra, de modo total e absolutamente puro, o tal sentimento “De graça recebestes, de graça dai”.

 

Macedo Teixeira

 



Ler mais: https://partilharsaberes.webnode.pt/news/de-graca-recebestes-freely-you-have-received/#:~:text=%E2%80%9CDe%20gra%C3%A7a-,recebestes,-%E2%80%9D%20/%20%E2%80%9CFreely%20you%20have