Nos Caminhos da Ciência e da Filosofia / On the Paths of Science and Philosophy
Nos Caminhos da Ciência e da Filosofia
Macedo Teixeira
Não pode haver conhecimento real sem se conhecerem o “como” e o “porquê” dos fenómenos.
À Filosofia compete percorrer os estados de diálogo interrogativos permanentes, sobre o “quê” e o “porquê” dos fenómenos, sejam humanos ou físico-naturais. À Ciência cabem-lhe as funções da explicação na sua regularidade e no “como” de tal regularidade e invariância.
Ciência e Filosofia encontram-se na mesma unidade de saber, apenas se orientam para a realização das suas funções em metodologias e propósitos distintos; que, por serem distintos, também distintos são os anseios que movem filósofos e cientistas.
Para explicar-se, é preciso construir as explicações. A ciência resulta de construções racionais práticas e teóricas. Estas construções assentam em bases de conhecimento científico que exigem a classificação, hierarquização e ordenação dos elementos para construção dos quadros ordenadores e definidores do conhecimento. No diálogo interrogativo sobre o “quê” e o “porquê” dos fenómenos, a Filosofia exige sínteses englobantes destes fatores para poder formular as interrogações e questioná-las em toda a extensão.
Assim começarão os caminhos da Ciência e da Filosofia: conduzir bem a Razão para devolver ao espírito o conhecimento dos atos puros da intuição e do trabalho profundo de todas as deduções a posteriori, tão necessárias aos fundamentos da razão humana como às construções objetivas e essenciais de toda a realidade fenoménica que ao ser humano vão sendo possíveis.
Racionalizar para entender; fundamentar para provar; demonstrar para garantir a exequibilidade das experiências humano-individuais e posterior extensão em toda a universalidade.
Não pode haver conhecimento real sem se conhecer o “como” e o “porquê dos fenómenos”; a Filosofia e a Ciência encontram-se na mesma unidade de saber; não poderão viver uma sem a outra.
On the Paths of Science and Philosophy
Macedo Teixeira
There cannot be real knowledge without knowing the “how” and the “why” of phenomena.
On Philosophy it is incumbent to go through the permanent interrogative states of dialog, about the “what” and the “why” of phenomena, be they human or physico-natural. To Science concern the functions of explanation on its regularity and on the “how” of such regularity and invariance.
Science and Philosophy meet in the same unity of knowledge, they are only oriented to the realization of their functions in distinct methodologies and purposes; which, by being distinct, also distinct are the yearnings that stir philosophers and scientists.
To explain oneself, it is necessary to build the explanations. Science results from practical and theoretical rational constructions. These constructions lie in bases of scientific knowledge which demand classification, hierarchization and organization of the elements for construction of the organizing and defining boards of knowledge. In the interrogative dialog about the “what” and the “why” of phenomena, Philosophy demands all-embracing syntheses of these factors so that it can formulate the interrogations and question them to the full extent.
So it will begin the paths of Science and Philosophy: to guide well Reason to return to the spirit the knowledge of the pure acts of intuition and of the deep work of all a posteriori deductions, so necessary to the foundations of human reason as to the objective and essential constructions of all phenomenic reality which are becoming possible to the human being.
Rationalize to understand; establish to prove; demonstrate to guarantee the feasibility of the human-individual experiments and further extension in all universality.
There cannot be real knowledge without knowing the “how” and the “why of phenomena”; Philosophy and Science meet in the same unity of knowledge; they cannot live without each other.